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Compostagem Inspiração

A teia alimentar do solo

“Se tu bota fertilizante solúvel no solo (ou mesmo esterco) e a planta responde bem, não se alegre: o solo está pobre de vida”, “Qualquer manual de solos diz que a mistura de minerais contida na terra possui todos os elementos químicos que uma planta precisa. Então por que usar fertilizante químico? O que falta são bactérias e fungos!”; “Se a vida do seu solo é propícia para sua cultura, então não há necessidade de rotação de culturas!”; “Vejamos os estágios de sucessão ecológica da perspectiva da microvida do solo…” e assim segue Elaine Ingham, com diversas afirmações escandalosas.

Essa palestra, com legendas em português, me fez cair os butiás do bolso. Não que eu confie em tudo o que ela está dizendo ali, porém, ouvir sua apresentação despertou em mim uma curiosidade imensa para pesquisar sobre a vida dos solos.

Desde a tradução que fiz do artigo de Charles Dowding sobre compostagem, venho enveredando para pensar a agricultura e agrofloresta pelo viés da vida, da biologia. Fazer o composto e os plantios observando a resposta das plantas, ignorando propositadamente questões de quantidades de micro e macro nutrientes, testes de laboratório, correção por calagem, etc. Porém, até me dar conta que poderia realmente ver essa vida através de um microscópio, essa palavra era apenas um conceito, uma coisa bonita, mas frágil e disforme: vida. “Na hora de plantar, tem que pensar na vida”, “composto alimenta o solo com vida”, “agrofloresta maximiza a vida do sistema”, etc. Mas eu preciso ver as coisas.

E agora encontrei um caminho para novas descobertas 🙂

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