Logo que cheguei em Rolante, precisava de uma bancada de trabalho. Inclusive já tinha algo para consertar: um motor estacionário à gasolina usado no triturador. Como meu projeto principal nesse momento é a compostagem usando material da floresta, ter esse motor funcionando era essencial.
Lembrei de um livro antigo onde havia um projeto de bancada e fui lá dar uma olhada para tirar inspiração. E foi muito útil. Deixo abaixo a referência e um resumo das dicas que estão no livro.
- Uma bancada precisa ser sólida. Ao tabalhar com peso e dando pancadas, ela vai tentar torcer e tombar.
- Use madeira dura e faça junções justas.
- Use “caibros” (peças de seção retangular posicionada na vertical) para fazer a base onde o tampo será apoiado. Eles evitarão que as tábuas do tampo enverguem, assim como darão firmeza às pernas da bancada.
- Evite colocar gavetas ou prateleiras embaixo da bancada. A maioria dos trabalhos na parte de cima vão chacoalhar a mesa e bagunçar tudo. Além disso, pode ser necessário prender alguma ferramenta à bancada. Dependendo da posição de uma gaveta, ela pode atrapalhar.
- Evite fixar a bancada. Movê-la vai lhe permitir trabalhar com peças grandes.
- Num dos lados, faça o tampo coincidir com a lateral da base para poder montar uma morsa.
- Sugestões de tamanho. Comprimento mínimo: 1,5m. Largura: 55cm. Altura: 80cm. Espessura do tampo: 5cm.
A maioria dessas recomendações consegui seguir. Apenas uma, que é muito importante, ficou de fora: a madeira dura. Como tem muito pinus dando sopa aqui no terreno, “usei o que tinha”. Para o tampo e as juntas da base, usei eucalipto.
Na minha pouca experiência, arrematar as juntas com pregos é melhor que parafuso. No final, a qualidade do encaixe é que vai segurar o tranco.
Abaixo está o processo de construção.
One reply on “Bancada para oficina”
[…] para as superfícies planas maiores. Para a mesinha, fiz as perninhas de pinus, das sobras da bancada da oficina. O encaixe de rabo de andorinha foi uma experiência. Porém, na curva do tampo, o corte para o […]